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Ministros do STF, líderes do senado e OAB defendem isolamento social

O publicitário Mateus Zerbone Carlos – filho do empresário Eduardo Carlos, presidente do sistema Paraíba de Comunicação, e neto de José Carlos, empresário da São Braz – faleceu na manhã desta segunda-feira (30) no hospital Clementino Fraga, com suspeita de covid-19.

Mateus Carlos tinha 34 anos, sofria de asma e estava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com pneumonia, possivelmente causada pelo novo coronavírus. Ele foi entubado na [ultima sexta-feira (27). Uma mensagem pedindo orações para Mateus chegou a circular nas redes sociais e em alguns grupos de Whatsapp.

Embora, no pedido de orações compartilhado, afirme-se que o publicitário tinha coronavírus, o resultado dos exames ainda não saiu para confirmar se foi mesmo o covid-19 que vitimou o rapaz.

A morte causou comoção e o colunista do Jornal da Paraíba, Sílvio Osias, publicou artigo no qual contou que Eduardo Carlos telefonou para ele chorando, para contar que o filho tinha ido para o céu. “Os pais não nasceram para enterrar os filhos”, afirmou o jornalista.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, afirmou nesta segunda-feira que o isolamento social é importante neste período para reduzir as contaminações.

“Tudo o que tem ocorrido no mundo leva a crer da necessidade do isolamento, que é para puxar a diminuição de uma curva [do número de casos] e ter atendimento de saúde para população em geral. Momento de solidariedade no nosso país e no mundo todo”, afirmou Toffoli.

O próprio ministro está em isolamento em casa desde que teve contato com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que está com a doença. Toffoli deu as declarações em uma transmissão ao vivo feita em uma rede social pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz.

Na mesma transmissão, Felipe Santa Cruz também defendeu o isolamento social: “Vamos ficar em casa, com serenidade, e tudo isso vai passar.”

Também nesta segunda, o ministro Gilmar Mendes, do STF, ressaltou que prefeitos e governadores estão tomando decisões alinhadas às determinações do Ministério da Saúde de isolamento social.

“É verdade que temos essas disputas, mas, a mim, parece que a orientação do Ministério da Saúde é inconfundível com as posições que estados e municípios vem defendendo”, disse, em defesa da atuação do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Gilmar Mendes completou ainda que surgiram “problemas políticos” a partir do posicionamento do presidente da República, Jair Bolsonaro, que tem criticado o isolamento social e defendido o retorno de parte dos trabalhadores às atividades.

No Legislativo, líderes do Senado assinaram nesta segunda um manifesto em defesa de isolamento social. O texto foi aprovado nesta manhã durante reunião de líderes do Senado.

“O Senado Federal se manifesta de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde e apoia o isolamento social no Brasil, ao mesmo tempo em que pede ao povo que cumpra as medidas ficando em casa”, ressalta o manifesto.

Segundo o vice-presidente da Casa, Antonio Anastasia (PSD-MG), todos os líderes concordaram com o teor do documento e devem assiná-lo digitalmente.

Bolsonaro quer fim do isolamento

Nas últimas semanas, o presidente Bolsonaro tem se manifestado contra o isolamento das pessoas como medida para frear a transmissão da covid-19.

O presidente alega que mortes pelo coronavírus vão ocorrer, mas que o país não pode suspender as atividades, como defendem autoridades da saúde e outras áreas, devido aos efeitos na economia brasileira.

Bolsonaro defende que seja adotado no país o chamado isolamento “vertical”, que prevê o confinamento apenas das pessoas que têm mais risco de desenvolver complicações se contraírem a covid-19, como idosos acima dos 60 anos e pessoas com doenças pré-existentes, como diabetes.

No domingo (29), o presidente voltou a contrariar a política de isolamento e fez um passeio por Brasília que provocou aglomerações de pessoas. Usando seu linguajar costumeiro, disse que é preciso poupar vidas, mas que todos vão morrer um dia. E que é preciso atenção para o impacto da pandemia na economia.

“Essa é uma realidade, o vírus tá aí. Vamos ter que enfrentá-lo, mas enfrentar como homem, porra. Não como um moleque. Vamos enfrentar o vírus com a realidade. É a vida. Todos nós iremos morrer um dia. Queremos poupar a vida? Queremos. Na parte da economia, o Paulo Guedes tá gastando dezenas de bilhões de reais, que é do Orçamento, que é dinheiro do povo, se bem que nem dinheiro é. Pegamos autorização do Congresso para estourar o teto, que vai ser paga essa conta lá na frente”, disse o presidente.

Por G1

Rudney Araujo

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