O Governo Federal anunciou nesta sexta-feira (7) que o programa de desconto para carros chegou ao fim. Criado no mês passado, a iniciativa utilizou todos os recursos disponíveis para conceder os descontos.
O programa, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia adiantado na época de lançamento, seria de curto prazo. Por isso, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Geraldo Alckmin, oficializou o fim e ressaltou que a medida “fôlego à cadeia automotiva”.
“Em um único dia, em 30 de junho, foram 27 mil unidades. Nunca antes na história houve venda tão grande em um único dia”, afirmou Geraldo Alckmin.
A estimativa é que 125 mil veículos tenham sido vendidos, com descontos entre R$ 2 mil e R$ 8 mil para carros de até R$ 120 mil. O governo revelou que o gasto total foi entorno de R$ 800 milhões, sendo R$ 650 milhões para cobrir os descontos às empresas automotivas e o restante, para compensar a perda arrecadatória do programa.
Enquanto os descontos para carros de até R$ 120 mil se encerraram, os caminhões e ônibus seguem com valores reduzidos. Os recursos para esses veículos não se esgotou, como aconteceu com os carros de passeio. Para caminhões, foram usados R$ 100 milhões dos R$ 700 milhões oferecidos. Para ônibus, foram R$ 140 milhões já solicitados, do total de R$ 300 milhões.
“Esse vai mais devagar, porque você tem que adquirir um ônibus e tirar de circulação [o antigo]”, disse Alckmin. “Esses caminhões e ônibus muito velhos poluem muito, chegam a poluir mais de 20 vezes”, disse.