A primeira-dama do Estado e presidente de Honra do Programa do Artesanato Paraibano (PAP), Ana Maria Lins, prestigiou, nesta sexta-feira (23), artesãos paraibanos que estão expondo na 19ª edição do Salão do Artesanato, no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, em São Paulo, que teve início na última quarta-feira (21) e prossegue até este domingo (25). Ao todo, participam do evento 10 artesãos, sendo seis selecionados pelo Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), e quatro das associações Sereias da Penha (João Pessoa); Desfiar Labirinto (Riachão do Bacamarte ); Ateliê Maria Fialho (João Pessoa); e Crochema (Boqueirão) — pelo Prêmio Top 100 do Sebrae.
O tema do 19° Salão do Artesanato de São Paulo é “A Arte que nasce da Fibra — Todo o Brasil se encontra aqui”, uma valorização do uso de fibras naturais na produção artesanal de todo o País. “É uma alegria estar hoje aqui participando dessa grande vitrine para o nosso artesanato, que é o Salão de São Paulo, principalmente quando a gente lembra que esse é o último evento antes do Salão do Artesanato Paraibano, que vai ser realizada no mês que vem em Campina Grande. São eventos muito importantes, que, além de divulgação, geram renda para centenas de famílias paraibanas, gente de fibra e que merece todo o apoio do Governo — como tem recebido”, afirmou a primeira-dama.
“A Paraíba tem se destacado em todos os segmentos. E o nosso artesanato, que é uma referência, com o apoio do Governo e de tantos parceiros tem conquistado cada vez mais espaço, resultado de muitas capacitações, que trazem inovação e, ao mesmo tempo, reforçam a tradição desse segmento, que tem o seu potencial cultural, mas também econômico, como lembra o governador João Azevêdo”, observou, ainda, Ana Maria Lins.
São mais de 100 mil itens em exposição. A contribuição da Paraíba está em peças confeccionadas a partir de várias tipologias, como bordado, cerâmica, labirinto, madeira e renda renascença — uma boa síntese do que há de melhor na produção artesanal no estado.
A gestora do PAP, Marielza Rodriguez, destacou essa representatividade no Salão do Artesanato de São Paulo. “Mais uma vez, a Paraíba brilha em São Paulo. São dois espaços — um no PAB, com seis artesãos, que expõem o que há de mais representativo no nosso artesão; e outro do Prêmio Top 100 do Sebrae, reunindo quatro artesãs que ganharam esse prêmio. Já recebemos inúmeros elogios dos clientes, inclusive de lojistas. Todos os esforços da nossa gestão dando resultados positivos e nos provando que estamos no caminho certo”, comemorou.
A curadora do PAP, Janete Rodriguez, destacou: “Esse evento é, antes de tudo, uma grande oportunidade para o nosso artesanato, que é de excelência. Com isso, a Paraíba se firma cada vez mais nesse segmento, com um dos artesanatos mais genuínos, que tem evoluído, mas sem abrir mão da tradição, gerando renda e divulgando cada vez mais nossa cultura.”
De São Sebastião do Umbuzeiro, no Cariri paraibano, a artesã rendeira Regina Gomes já comemora a participação no Salão do Artesanato de São Paulo. “Estou participando desse evento pela primeira vez e posso garantir que a experiência está sendo maravilhosa. A gestão do governador João Azevêdo, com o empenho da primeira-dama da nossa Paraíba, Ana Maria Lins, tem feito com que a gente, da renda renascença, esteja sendo muito bem vista, através de feiras, de palestras, de oficinas. A gente só tem a agradecer”, comentou.
Pedro, artesão da tipologia madeira, evidenciou a importância da participação num evento como o Salão de Artesanato da Bienal. “Participar de um evento como esse é levar nossa arte não só para São Paulo, mas para o mundo todo — aqui passa gente do mundo inteiro. Além do mais, é uma grande chance de a gente expandir o nosso conhecimento e ter o orgulho de representar a cultura nordestina de uma maneira bem raiz. O meu trabalho é voltado mais para o regionalismo, porque eu acredito que o artesanato é a representação cultural de um povo. Do tudo que é feito à mão, com esmero, não pode morrer”, ressaltou.
“Eu sou a terceira geração de labirinteiras de nossa família e sempre vi o labirinto feito em peças de enxoval de casa. Estar aqui, participando do Salão da Bienal, é muito importante, porque quem não é visto não é lembrado — e esse evento é uma divulgação imensa”, concluiu a labirinteira Janaína Alves, que há anos se dedica a unir a tipologia tradicional à moda.
A expectativa é que mais de 60 mil visitantes circulem pelo evento, das 11h às 21h, com a participação de 500 expositores. Além da exposição e venda de produtos, a programação inclui desfiles de moda, apresentações musicais, oficinas e uma rodada de negócios com compradores de todo o país.