A Secretaria de Saúde de Campina Grande reuniu a comissão técnica de enfrentamento à Covid-19 na manhã desta quarta-feira, 10, e definiu ações para contenção da transmissão do vírus na cidade e estruturação da rede para testagem e atendimento aos pacientes. Dentre as medidas, estão a abertura de novos leitos, a ampliação da testagem com critérios técnicos e a orientação do uso de máscaras.
Leitos – No Hospital Municipal Pedro I, o Hospital de Campanha foi redirecionado para pacientes com Covid-19, com 12 leitos de enfermaria e 8 leitos de UTI. Dessa forma, o atendimento pediátrico que acontecia na unidade foi suspenso temporariamente. Como forma preventiva, também passou a ser intensificado o uso de máscaras na unidade hospitalar de acordo com os protocolos da Comissão de Infecção e foram suspensas as visitas.
No Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA), foram montados 6 leitos de enfermaria e 1 de UTI, e no Hospital da Criança e do Adolescente (HCA) foram readequados 4 leitos de enfermaria com pontos de oxigênio, que podem ser transformados em leitos de UTI, a depender da necessidade.
Testagem – Além disso, a gestão municipal ampliou a testagem da Covid-19, contudo, a pasta informa à população que os testes de antígeno só devem ser aplicados a partir do terceiro dia de sintomas. Até o terceiro dia de sintoma, o diagnóstico é clínico epidemiológico, ou seja, a partir da avaliação do médico.
Os testes são ofertados no Hospital Municipal Pedro I; no Hospital Municipal Dr. Edgley; nas duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs); no ISEA para gestantes e no HCA para crianças e adolescentes até 14 anos. A testagem também está sendo disponibilizada nas duas Unidades Básicas de Saúde do Complexo Habitacional Aluízio Campos, na UBS de Catolé de Boa Vista, na Unidade Mista de Galante e na Policlínica de São José da Mata.
Na primeira semana de 2024, entre os dias 1 e 7 de janeiro, foram aplicados 2.423 testes nos hospitais públicos da cidade, diagnosticando 797 casos positivos. Ou seja, quase um terço dos pacientes com sintomas apresentaram resultado positivo para a Covid-19.
Nova variante – a nova onda da Covid-19 apresenta sinais de ser uma subvariante da Ômicron, cujos principais sintomas são cefaleia, dor ocular e lacrimejamento. Contudo, grupos mais vulneráveis podem agravar. Por isso, é essencial a vacinação para idosos e imunossuprimidos. De acordo com o diretor médico do Hospital Municipal Pedro I, Vitor Nobre, as internações são decorrentes do fato de os pacientes apresentarem outros agravantes associados, como comorbidades ou doenças de base.
“É uma nova onda da doença, o que é comum na evolução dos vírus respiratórios, mas se trata de uma subvariante da Ômicron, então as pessoas que estão imunizadas tendem a apresentar sintomatologia leve, assim como em outros vírus sazonais. É preciso tranquilizar a população e orientar a adotar medidas como higienizar as mãos, e usar máscara caso esteja com sintomas”, disse.
Recomendações – Para as pessoas com sintomas gripais, a Vigilância em Saúde do Município recomenda o uso de máscaras e higienização das mãos a partir do início dos sintomas; orienta que os pacientes procurem os serviços de saúde ao apresentarem sintomas persistentes; orienta também sobre a utilização de máscaras até o terceiro dia, após o término dos sintomas.
Para a população em geral, a Vigilância em Saúde recomenda a constante higienização das mãos com água e sabão ou álcool gel e a limpeza de objetos de uso compartilhado, além do uso de máscaras em grupos vulneráveis, como imunossuprimidos e idosos.
- Redação