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Fumaça Preta: 1ª votação do conclave termina sem a escolha do novo Papa

Teve início a 1° votação do conclave, para eleger o sucessor do papa Francisco, nesta quarta-feira (7), às 5h no horário de Brasília- 10h, pelo horário local.

O conclave de 2025 é o mais numeroso e geograficamente diverso da história, com 133 cardeais eleitores de 71 países, incluindo sete brasileiros .

E por volta das 16h da tarde do horário de Brasília, como forma de fumaça preta, foi dado a sinalização da resposta, indicando que os cardeais ainda não chegaram a um consenso sobre o novo papa.

Durante o conclave, os cardeais eleitores se reúnem a portas fechadas na Capela Sistina, onde reúne 133 cardeais.

Como funciona a votação?

Convocado de 15 a 20 dias após a morte ou renúncia de um Papa, o conclave é o processo de eleição de seu substituto. O processo ocorre na Capela Sistina, no Vaticano, podendo contar com a participação de todos os cardeais com menos de 80 anos de idade.

Convocados pelo Decano (cardeal mais velho), os cardeais eleitores são obrigados a participar da decisão, que conta com duas eleições por dia, uma de manhã e outra à tarde. A votação é secreta e realizada por meio de células com os nomes dos candidatos.

Os participantes do Conclave só elegem o próximo Papa quanto em uma das votações um cardeal obtém dois terços dos votos, levando em conta todos cardeais presentes. Depois disso, a fumaça branca sai da chaminé da Capela Sistina, anunciando que um novo papa foi eleito.
Previsão de horários para fumaças do conclave
Quarta-feira (7)
• 11h30 – Entrada na Capela Sistina, juramentos coletivos e individuais. Após o fechamento das portas, há um discurso dentro da capela, abertura para possíveis perguntas e, em seguida, votação
• 14h – Previsão para que primeira fumaça saia da chaminé da Capela Sistina
Quinta-feira (8)
• 5h30 – Fim de votação; só haverá fumaça se de fato um papa for eleito
• 7h00 – Fim de segunda votação e, caso não haja papa, a fumaça preta sairá da chaminé
• 12h30 – Fim de votação; novamente, só haverá fumaça se de fato um papa for eleito
• 14h00 – Fim de nova votação e, caso não haja papa, a fumaça preta sairá da chaminé

OS FAVORITOS

Anders Arborelius, 75 anos:

Bispo de Estocolmo, na Suécia, foi considerado um modelo pelo papa Francisco pela capacidade de diálogo. Ao ser perguntado se estava pronto para ser papa um dia, ele respondeu: “Não, não posso dizer isso. Porque é muito irrealista. Mas é verdade – é uma possibilidade.” Anders é a favor de mais abertura para divorciados e contra o diaconato feminino. Ele é conhecido por seu forte desejo de evitar conflitos a todo custo, segundo clérigos. Nomeado por Francisco em 2017.

Charles Bo, 76 anos:

Arcebispo de Rangoon, antiga capital de Mianmar, é conhecido por ser forte em temas de injustiça social e diálogo entre religiões. Ele não é a favor da ordenação de mulheres sacerdotes, do celibato sacerdotal ser uma opção e da bênção de casais do mesmo sexo. Charles já esteve à frente da Federação das Conferências Episcopais da Ásia. Nomeado por Francisco em 2015.

Fridolin Ambongo Besungu, 65 anos:

Arcebispo de Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, é um dos candidatos negros e do continente africano a substituir Francisco. Conhecido por suas posições ambientalistas e fortemente anticoloniais. Ele também se posiciona contra a bênção a casais do mesmo sexo. Fridolin expressou preocupações sobre a evangelização superficial e escolheu se concentrar principalmente na dignidade humana, nas questões sociais e na cultura.

Jean-Marc Aveline, de 66 anos:

Arcebispo de Marselha, na França, é apontado como um preferido do próprio Francisco. O favoritismo se deve a sua defesa dos imigrantes. Natural da Argélia, ele é visto por alguns franceses como o responsável por pôr fim a uma “dinastia” de quatro décadas do falecido Cardeal Jean-Marie Lustiger, de Paris, e por anunciar a “nova era”. Nomeado por Francisco em 2022.

Luis Antonio Tagle, 67 anos:

Arcebispo emérito de Manila, nas Filipinas, tem cargo na Cúria Romana, a cúpula do Vaticano, desde 2019. Ele é pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização e é considerado por especialistas como “Francisco asiático”, por compartilhar a visão do papa em diversos temas, como ecologia. Luis Antonio se opõe ao uso de linguagem “severa” na descrição de certos pecados e acredita que a Igreja precisa “aprender sobre” seus ensinamentos de misericórdia, devido às “mudanças nas sensibilidades culturais e sociais”. Nomeado por Bento XVI em 2012.

Malcolm Ranjith, 77 anos:

Arcebispo de Colombo, capital do Sri Lanka, é da ala tradicional e conservadora do clero, mas se alinha à defesa do meio ambiente como Francisco. Ele é um defensor das reformas do Concílio Vaticano II e vê a Igreja pós-conciliar como um desenvolvimento imperfeito, porém necessário, em um processo de diálogo com o mundo. Malcolm permitiria a pena de morte em certos casos e tende ao capitalismo ético. Nomeado por Bento XVI em 2012.

Matteo Maria Zuppi, 69 anos:

Cardeal de Roma e presidente da Conferência Episcopal Italiana, equivalente à CNBB brasileira. Colaborador de Francisco em temas internacionais, foi escolhido como mediador na Guerra da Ucrânia, enviado a Kiev e Moscou. Ele tem grande preocupação com os pobres e marginalizados. Sua abordagem é “rejeitar o ódio”, gerar “solidariedade autêntica”, abraçar o pluralismo religioso e a “fraternidade”. Nomeado por Francisco em 2019.

Péter Erdő, 72 anos:

Arcebispo de Budapeste, na Hungria, é mais um dos candidatos conservadores da Igreja e é um nome que contrapõe as ideias de Francisco. Ele é a favor do acompanhamento pastoral para divorciados “recasados”, mas somente se não houver “nenhuma dúvida” sobre o ensinamento da Igreja sobre a indissolubilidade do matrimônio. É contra a aceitação de uniões homossexuais. Além disso, Péter se caracteriza como pró-vida. Nomeado por João Paulo 2º em 2003.

Pierbattista Pizzaballa, 59 anos:

O cardeal chefia o Patriarcado Latino de Jerusalém e é o mais jovem da lista de favoritos. Ele vive na Itália há mais de 30 anos e conhece profundamente os temas do Oriente Médio, o diálogo inter-religioso e o meio ambiente. Pierbattista propôs ser refém do Hamas para libertar crianças e ele deseja que a Igreja seja aberta a todos, mas acredita que “isso não significa que ela pertença a todos”. Nomeado por Francisco em 2023.

Pietro Parolin, 70 anos:

Secretário de Estado da Santa Sé e responsável pela diplomacia da Igreja, é frequentemente citado como papável pela imprensa especializada, desde 2013. Segundo o site que desenvolveu a lista, ele é o favorito na disputa. Parolin mantém laços de amizade com a Maçonaria italiana desde 2002 e deseja estar próximo dos pobres, além de ter uma perspectiva eclesial e política semelhante à de Francisco. Nomeado por Francisco em 2014.

Robert Sarah, 79 anos:

Cardeal da Guiné é mais uma aposta conservadora da Igreja. Ele está na oposição a Francisco em temas como processo sinodal e abertura a casais homossexuais. Ele defendeu a “reforma da reforma” no que se refere à liturgia, para revisitar e refinar as mudanças litúrgicas implementadas após o Concílio Vaticano II, abordando deficiências e abusos. Robert também é conhecido por ser muito ativo nas redes sociais. É prefeito emérito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Nomeado por Bento XVI em 2010.

Willem Eijk, 71 anos:

Arcebispo de Utrecht, na Holanda, também é conservador e considerado um ortodoxo sólido. Ele tem fortes posições pró-vida, em temas como eutanásia. É contra a bênção a homossexuais, por irem contra a ordem de criação de Deus. Durante a pandemia de covid, o cardeal foi um fervoroso defensor da vacinação contra o vírus e demonstra compaixão aos refugiados, especialmente pelos cristãos que fogem da perseguição, enfatizando a necessidade de cuidados com estas pessoas. Nomeado por Bento XVI em 2012.

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