O Brasil investiga dois casos suspeitos de varíola dos macacos, um deles no Ceará e o outro em Santa Catarina. A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde ao informar que os pacientes “seguem isolados e em recuperação, sendo monitorados pelas equipes de vigilância em saúde. A investigação dos casos está em andamento e será feita coleta para análise laboratorial”.
Um terceiro caso, que pode ser suspeito, está sendo monitorado no Rio Grande do Sul, segundo o Ministério da Saúde. “A reavaliação está sendo feita de acordo com os critérios de definição. Até o momento, não há confirmação do rumor como caso suspeito”, disse a pasta.
Um dos casos trata-se de um homem que chegou ao Brasil após viagem a Portugal no dia 10 de maio. A informação foi repassada pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Nacional). O paciente passará nesta segunda-feira (30) por uma série de consultas e terá o material coletado para que sejam feitos exames.
Os sintomas tiveram início três dias depois, evoluindo para as lesões na pele características da doença no dia 20. De acordo com a última atualização, deste sábado, o paciente relatou uma melhora parcial das queixas. O diagnóstico segue em análise para confirmar se é a primeira infecção pelo vírus monkeypox identificada no país.
O CIEVS Nacional foi notificado sobre o caso há uma semana. O paciente, que foi a Porto Alegre para visitar a mãe, apresentou um quadro de dores de cabeça, aumento dos gânglios linfáticos e febre no dia 13.
Sete dias depois, passou a relatar calafrios, fraqueza física e o início das lesões cutâneas características da varíola dos macacos na face, tronco e membros. No último sábado, o paciente informou uma melhora do quadro e afirmou não ter tido contato com pessoas que foram diagnosticadas ou consideradas com suspeita para a doença quando estava em Portugal. O CIEVS Nacional está monitorando para confirmar se é o primeiro caso no Brasil.
“O mais importante agora é investigar para descobrir se é ou não. Para isso, é utilizado uma técnica chamada de PCR, a mesma do teste para a Covid-19. São coletadas amostras das feridas da pele, que são infectantes, e é verificado se o vírus da varíola dos macacos está presente ali”, explicou o médico geneticista Salmo Raskin, diretor do laboratório Genetika, em Curitiba.
MaisPB com o Globo