Em quadros graves de Covid-19, equipamento é essencial para aumentar chances de sobrevivência do paciente. Sem ele, falta de ar intensa pode levar à falência de órgãos.
Diante da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), o Brasil enfrenta grande dificuldade para aumentar o número de ventiladores mecânicos, equipamentos essenciais para tratar os casos mais severos da doença Covid-19. Esse entrave tem três causas principais:
- a concorrência com países ricos, que aceitam pagar mais caro pelos equipamentos;
- a baixa capacidade de produção das empresas nacionais, frente à alta demanda;
- e a complexidade da fabricação dos aparelhos.
Indústrias nacionais e estrangeiras alegam que o número de encomendas de respiradores mecânicos disparou desde o início da pandemia. O mundo inteiro quer comprá-los. O motivo é óbvio: o aparelho é decisivo para garantir a sobrevivência de pacientes com falta de ar intensa (entenda mais abaixo).
Segundo o Ministério da Saúde, há 65.411 ventiladores mecânicos no Brasil, sendo que 46.663 estão no Sistema Único de Saúde (SUS). Do total, 3.639 encontram-se em manutenção ou ainda não foram instalados.
Não é viável prever, com exatidão, de quantos aparelhos o país necessitará nas próximas semanas – isso dependerá do número de contaminações.
Mas a distribuição dos respiradores é desigual: em 33% dos municípios, há no máximo dez respiradores disponíveis. Se o ritmo de infecções seguir a tendência de países como a Itália, não haverá aparelho suficiente para todos os doentes graves.
Por G1